Não cometa esses erros se você quer captar investimento para a sua empresa!

Você está encontrando dificuldade em captar investimentos para a sua empresa, seja para iniciar um novo negócio, seja para expandir ou mesmo para reestruturá-lo?

Está começando a desistir da sua ideia, e achando que pode ser inviável?

Calma! Pode ser que você esteja cometendo alguns erros que estejam afastando o interesse de investidores.

É claro que o principal critério dos investidores para se escolher uma empresa é o seu grande potencial de crescimento e inovação. Esse é o motivo, aliás, que as startups de tecnologia foram as empresas que mais receberam investimento em 2020.

Mas esse não é o único critério, e pode ser que você esteja encontrando obstáculos em outros quesitos.

Neste post vamos te mostrar os principais erros que você deve evitar.

  1. Não cuidar da saúde financeira da sua empresa.

A menos que você esteja captando capital para uma reestruturação empresarial e busque investimento justamente para superar uma dificuldade financeira passageira, a saúde financeira da sua empresa será essencial para atrair os investidores.

A saúde financeira da empresa é um estado do negócio que mostra que há condições de cumprir todos os pagamentos, e que também há capacidade para manter o estoque bem abastecido, os empregados e colaboradores pagos, e toda a logística em pleno funcionamento.

A saúde financeira se reflete na organização das finanças.

Será que a sua empresa tem, por exemplo, um fluxo de caixa eficiente, que consegue acompanhar o ritmo das entradas e saídas?

O fluxo de caixa é essencial para que você perceba, antecipadamente, que algumas operações não são vantajosas e podem pôr em risco o crescimento da sua empresa.

Você também prestou atenção no seu planejamento de gastos, de investimentos e de estoques?

Se tudo isso está desorganizado, é bem provável que precise ser regularizado para que você possa buscar investimento para as suas atividades.

  • Não saber quanto precisa captar.

Não saber quanto você precisa captar e esperar que o investidor venha lhe oferecer o valor que ele acha interessante é outro erro grave, que você deve evitar.

Além disso, a definição do quanto você precisa captar para atingir os objetivos do seu negócio é essencial para determinar o tipo de investidor que você deve procurar

Como falamos em nosso post anterior (Você conhece todos os tipos de capital de risco e o que pode ser mais adequado para sua empresa?), cada investidor busca um tipo específico de empresa para investir.

Valores menores podem indicar investidores-anjo, ao passo que valores maiores podem exigir fundos de venture capital.

Se você não sabe de quanto vai precisar, não saberá nem por onde começar a procurar.

Além de analisar o que você precisa neste momento específico, tente projetar as suas necessidades para o longo prazo, já que a sua startup provavelmente vai precisar de uma nova rodada de investimentos no futuro, e você deverá estar preparado para isso.

A título exemplificativo, você poderá esclarecer que, para o momento, você precisará de R$ 100.000,00 para a realização de testes com o seu produto e que, para que ele se torne totalmente funcional, precisará de mais R$ 5.000.000,00 nos próximos 18 meses.

  • Plano de negócio mal formulado.

O plano de negócios tem que ser claro e objetivo, definindo qual o posicionamento atual e onde pretende chegar.

Não se esqueça de que os investidores querem ter uma participação no negócio que compense o dinheiro investido, o tempo dedicado a ajudar na construção da empresa e o risco que estão tomando por ingressar neste negócio.

Levando tudo isso em consideração, é evidente que a sua startup terá pouca chance de receber investimento se não tiver um plano de negócio convincente, realístico e que demonstre as vantagens competitivas do seu produto ou serviço.

Sabemos que planos de negócios podem ser muito extensos e investidores têm pouco tempo para avaliar uma grande quantidade de empresas.

Assim, se antecipe a esta situação corriqueira e elabore um documento mais resumido do qual conste informações básicas, como:

– o problema que a sua empresa se propõe a resolver;

– a solução que você propõe;

– qual é a equipe que você possui para desenvolver as atividades;

– o que foi feito até o momento;

– quais são seus clientes;

– qual é a sua receita e outros dados financeiros importantes que demonstrem expectativas sobre o desempenho do negócio ao longo do tempo;

– quanto pretender captar;

– a destinação do capital que será obtido;

– e sua visão do negócio a longo prazo.

Na prática, observamos também que ter uma versão demo do seu produto ou serviço ajuda muito a fornecer uma clareza sobre o que a empresa está desenvolvendo e em que estágio se encontra.

Em linhas gerais, se você não apresentar o seu trabalho de maneira envolvente e apaixonante, o investidor sairá em busca de outras oportunidades.

  • Não ter documentação organizada no momento da due diligence.

Os investidores verificarão cuidadosamente todos os aspectos do negócio, tais como concorrentes, cap table (uma lista onde estão descritos todos os acionistas da empresa), e outras questões legais, antes de assinar o contrato de investimento.

Assim, quanto mais informações você puder fornecer sobre o seu negócio, mais confortáveis os investidores se sentiram em seguir em frente com o investimento.

É importante destacar que dados desfavoráveis também devem ser relatados aos possíveis investidores. Se houve a perda de um outro investidor ou de um grande cliente, é melhor que isso já seja relatado antes mesmo do início das negociações.

Um projeto de investimento é como um casamento: não vai se sustentar sem transparência e confiança.

Antes mesmo de buscar a captação de recursos, é importante que você já deixe uma série de documentos organizados, inclusive um rol de processos judiciais, administrativos, contratos firmados, regulamentos internos, declarações, entre outros. Sobre esse assunto, veja um post anterior aqui do blog (O que ninguém te conta sobre Venture Capital e como você pode captar investimento para a sua empresa).

No momento em que toda essa documentação for solicitada pelas empresas de due diligence (financeira, contábil e jurídica), você já estará à frente de seus concorrentes.

Quer saber mais sobre Due Diligence? Veja o nosso último post (Due Diligence: o que é e porque você precisa dela).

Agora que você já sabe onde pode estar errando na captação de recursos, que tal começar a organizar toda a sua documentação e a apresentação da sua empresa para atrair os investidores?

Me conta a sua experiência sobre este assunto aqui nos comentários.

Você conhece todos os tipos de capital de risco e o que pode ser mais adequado para sua empresa?

Você está pensando em expandir sua empresa ou começar um novo negócio? Não vai utilizar capital próprio, então está pesquisando sobre como captar investimentos?

É possível que tenha se deparado com diversos termos como: investidor anjo, venture capital, private equity e capital semente, e foi ficando cada vez mais confuso.

Este post vai te ajudar a entender os vários tipos de capital de risco e escolher qual é o melhor para o seu negócio.

  1. O que é capital de risco.

Capital de risco é uma modalidade de investimento de risco em que investidores aplicam recursos financeiros em empresas com grande potencial de crescimento.

Sua principal função é ajudar essas empresas a alavancar rapidamente o seu negócio e ganhar projeção no mercado.

Normalmente, o termo venture capital é utilizado como sinônimo de investimento de risco, mas há algumas diferenças, como vamos explicar melhor ao longo deste post.

  1. Como escolher a melhor modalidade de investimento para o seu negócio.

A modalidade de investimento normalmente está relacionada com o momento e a maturidade da sua empresa.

Cada tipo de investidor está em busca de um tipo específico de investimento. Ter conhecimento sobre isso é essencial para que você não perca seu tempo indo atrás de investidores que não querem o seu perfil.

Então, vamos lá.

  1. O investidor-anjo

Se você está buscando um pequeno capital para alavancar seu negócio, muito provavelmente sua melhor opção neste momento é o investidor-anjo.

O termo investidor-anjo ainda não é muito conhecido no Brasil, mas já está popularizado ao redor do mundo.

Em linhas gerais, esse investidor é uma pessoa física que não apenas investe em seu negócio, por meio de capital próprio, mas também pode contribuir com experiência negocial e rede de relacionamentos, e te ajudar a crescer.

Não se trata, portanto, simplesmente de investimento, mas também de um apoio para aumentar as suas chances de sucesso.

  1. O capital-semente

O capital-semente está um passo a frente do investidor-anjo, mas ainda se vincula a negócios em fase embrionária.

A diferença é que, neste caso, o financiamento é realizado por uma pessoa jurídica, isto é, um fundo de investimento. Os fundos de investimento compram participações em empresas, investindo de maneira temporária, com objetivo de obtenção de lucro.

Investidores deste tipo se concentram prioritariamente em empresas que já possuem clientes e produtos definidos, mas que ainda dependem de investimento para expandirem sua atuação e se estabelecerem no mercado.

  1. Privaty equity

O investimento da modalidade privaty equity é um tipo de capital de risco com foco em operações de compra e fusão de grandes empresas.

Normalmente, são escolhidas empresas de capital aberto ou que estejam prestes a abrir o seu capital, em um processo chamado de IPO, que é uma sigla em inglês para “initial public offering”, ou “oferta pública inicial” em português.

Em linhas gerais, o IPO representa a primeira vez que uma empresa receberá novos acionistas ofertando ações no mercado.

Ela se torna, então, uma companhia de capital aberto, com papéis (ações) negociados no pregão da Bolsa de Valores.

No Brasil, essas operações normalmente envolvem centenas de milhões de reais, e ocorrem com empresas que estão em estágio de maturidade avançado em seus negócios.

  1. Venture capital

Já o investimento venture capital propriamente dito, costumeiramente está vinculado a empresas de médio porte, ainda que o termo muitas vezes seja utilizado para abranger todas as classes de investidores de risco, como destacamos no início do post.

Empresas de médio porte normalmente já tem um faturamento expressivo, mas precisam de investimento para que possam expandir e alcançar seu potencial máximo.

Os investidores dessa modalidade atuam como acionistas minoritários, porém costumam fazer exigências no sentido de obter maior controle na gestão da empresa, como representação na diretoria, preferência acionária e direito de votar em assuntos referentes à administração, finanças e questões operacionais.

Quer saber mais sobre venture capital ou sobre providências prévias para buscar capital para o seu negócio? Veja o nosso post sobre esse assunto Venture Capital

Agora que você já sabe o que é capital de risco, e quais são suas principais modalidades, é hora de colocar mãos a obra e organizar a sua empresa para conquistar os investidores certos para o seu negócio.

Me conta aqui nos comentários se você teve alguma experiência neste assunto.